segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Psicopatas na família



E quando os psicopatas estão dentro de nossa família, nos lesando, nos roubando, nos oprimindo, promovendo dor, sofrimento e destruição?

Aí a coisa é muitíssimo mais grave.


Como se livrar destas pragas?


Não é fácil. Até porque estes seres sinistros muitas vezes se aliam ao que há de mais podre nas instituições, para continuar na impunidade.


Tem cabimento uma pessoa ser vítima de estelionato cometido por parentes próximos? Passa na cabeça de alguém que sobrinhos roubem descaradamente a própria tia? É admissível que mãe se associe a filhos para promover atentado (sequestro) e quem sabe até assassinar membro da família?


Lembram-se de Suzane Von Richthofen, paulistana, bem nascida, estudante de DIREITO da PUC de São Paulo, que planejou e mandou matar os pais a pauladas? Pois é...


O que acontece dentro destas mentes sombrias e criminosas?


Por que a Justiça não concede regime semiaberto a Suzane ?

A jovem que participou do assassinato dos pais, em 2002, é uma pessoa fingida, dissimulada? Ou está realmente arrependida do que fez?
Médicos, psicólogos e assistentes sociais tentam descobrir a seguinte resposta: Suzane Richthofen, a jovem que participou do assassinato dos pais, em 2002, é uma pessoa fingida, dissimulada? Ou está realmente arrependida do que fez?


Para a Justiça, ela ainda não está recuperada e não deve sair da cadeia. Você vai entender os motivos dessa decisão, em detalhes, na reportagem de Valmir Salaro.


O que pensa Suzane Richthofen, sete anos depois de ter participado da morte dos pais? Especialistas em desvendar a mente humana tiveram que encontrar uma resposta.


Durante entrevistas com dois psiquiatras, dois psicólogos e uma assistente social, a jovem pediu uma segunda chance e disse que não vai voltar a aceitar propostas erradas.


O psicólogo e professor de criminologia da USP, Alvino Augusto de Sá, foi designado pela Justiça para acompanhar os depoimentos. “Na entrevista, ela se mostra arrependida, diz que foi realmente uma grande desgraça que se abateu sobre a vida dela, sobre a vida dos pais dela”, diz o psicólogo.


A ex-estudante de Direito, que está presa na cadeia feminina de Tremembé, interior de São Paulo, já cumpriu pouco mais de seis anos - um sexto da pena. Assim, teria direito ao regime semiaberto, no qual o preso sai da cadeia durante o dia para trabalhar e só volta à noite.


Antes de tomar uma decisão, a Justiça exigiu o chamado exame criminológico, que incluiu, além de entrevistas com a jovem, uma série de testes psicológicos e psiquiátricos. “Há certas características de personalidade que não mudam, como, por exemplo, se a pessoa é agressiva, se a pessoa tem um conflito psicológico muito profundo”, explica o psicólogo Alvino Augusto de Sá.


Suzane tem 26 anos, frequenta cultos evangélicos. Trabalha na oficina de costura da cadeia, pega livros com frequência na biblioteca e fuma cerca de 15 cigarros por dia. Os funcionários a consideram uma presa exemplar.


Aos psiquiatras, psicólogos e assistente social que acompanharam as entrevistas, Suzane contou ter usado drogas como maconha, cocaína, ecstasy e solventes - incentivada, segundo ela, por Daniel Cravinhos.


A jovem também culpou o então namorado de ter planejado o crime. Ela disse que levava uma vida de princesa, tinha tudo o que queria, mas que, como os pais dela eram contra o namoro, Daniel a convenceu a participar do crime. Hoje, a jovem acha que já pode sair da cadeia, porque estaria recuperada, amadureceu e aprendeu o valor da família.


A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora de livros sobre transtornos mentais, não concorda. “Uma menina universitária, inteligente e esperta, ela conclui exatamente como deve agir e se portar para que possa receber os benefícios da lei”, diz a psicóloga.


Uma pessoa que conhece bem a rotina de Suzane Richthofen afirma que ela é manipuladora. Essa pessoa disse ao Fantástico que a jovem escolhe duas presas para lhe dar proteção e que, em troca, oferece ajuda dos advogados dela. Quando essas companheiras conseguem, por exemplo, o benefício de deixar a cadeia, Suzane escolhe outras presas como protetoras.
“Só mostra esse poder de articulação e de sedução. É totalmente condizente com a personalidade dela, sem surpresa nenhuma”, afirma a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva.


Os psicólogos que examinaram Suzane Richthofen avaliaram que os relacionamentos da jovem seriam precários, infantis, atendendo exclusivamente às suas demandas pessoais. Suzane também teria reações imprevisíveis e conduta dissimulada. Em outras palavras, um comportamento falso, fingido. E mais: os valores éticos e familiares dela, segundo os psicólogos, seriam produto de um discurso pronto, sem autenticidade.


De acordo com o professor da USP, os psiquiatras que participaram do exame criminológico não tiveram a mesma opinião dos psicólogos. Os médicos concluíram que Suzane Richthofen não sofre de doença mental e que, em liberdade, dificilmente cometeria outro crime. O resultado do exame psicológico serviu de base para a Justiça tomar uma decisão. Suzane, arrependida ou não, ainda deve ficar mais tempo na cadeia, longe do convívio social.


Na decisão, de outubro deste ano, disponível na íntegra na internet, a juíza Sueli Armani cita as principais conclusões do exame, como a facilidade que Suzane tem de perder o controle emocional.


A sentença afirma que a aparente fragilidade da jovem constitui flagrante dissimulação e que o bom comportamento na cadeia pode ser intencional, por conveniências próprias, visando à obtenção de benefícios. A juíza negou a concessão do regime semiaberto a Suzane Richthofen. Ou seja, ela vai continuar presa. A defesa da jovem já entrou com recurso na Justiça.


O professor de criminologia da USP acredita que um dia Suzane Richthofen pode até ter uma vida normal, fora da cadeia. “Se ela tiver uma boa assistência terapêutica, acho que ela tem condições de um dia voltar mais consciente, mais segura, mais resistente à frustração”, aposta o psicólogo Alvino Augusto de Sá.


Se nenhum beneficio for concedido pela Justiça, Suzane Richthofen só deve sair da prisão em 2040.



domingo, 28 de agosto de 2011

Sociedade psicopática e cultura da esperteza



Um traço que observei como vítima de psicopatas é que eles são pessoas "do mundo". Eles cultivam o aqui e agora, o TER, o poder, o dinheiro.


Não há nada de mal em ganhar dinheiro e ser bem-sucedido. O problema é que o psicopata quer "subir na vida sem fazer força", fazendo os outros de "degraus". Quer vencer, prosperar, por meio de golpes, de vigarices, de enganação, "puxando o tapete" de terceiros, lesando, se apropriando desavergonhadamente do que não lhe pertence. O chamado "alpinista social".


Não tendo escrúpulos, freio moral, remorso, problemas de consciência, os psicopatas se comportam como animais selvagens numa selva. Por isso sua patologia é chamada pela psiquiatria de TPA: Transtorno de Personalidade Antisocial. 


Psicopatas são antisociais. Não sentem afeto por ninguém. São movidos apenas por interesses e vantagens. Costumam ser simpáticos, acolhedores, mas é tudo máscara, cinismo, hipocrisia. Os reis e os mestres da mentira. Seres do Mal.


Pura patifaria.


Abaixo, uma pequena entrevista da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva ao programa Happy Hour, do GNT, onde ela fala da sociedade psicopática e da cultura da maldade, da esperteza.




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sábado, 27 de agosto de 2011

Psicopata: erva daninha e venenosa



A ciência diz que dos 4% de psicopatas no mundo, 1% são mulheres. Será que é só isso? Talvez as mulheres tenham uma habilidade maior pra disfarçar, camuflar sua maldade, seu mau-caratismo. Os homens, mais violentos e agressivos, acabam se denunciando mais, cometendo crimes bárbaros, tendo maior visibilidade social.


De qualquer forma, mulheres psicopatas são extremamente danosas. Sua ação não deixa de ser violentamente destrutiva na vida de pessoas generosas, de bom coração, como as da minha família, vítimas, por mais de 30 anos, de uma psicopata fria, calculista e maligna.



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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Psicopatas: como se proteger destes seres malignos



Como identificar e se proteger de psicopatas - O Caso Mariana Gonçalves



Como saber se o perigo mora ao lado? No Mais Você desta segunda, 14, Ana Maria Braga recebeu a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, autora do livro Mentes Perigosas, para analisar o caso da jovem Mariana Gonçalves de Souza, assassinada pelo pedreiro Luiz Carlos Oliveira na segunda-feira de carnaval, 7 de março, no Rio de Janeiro.

Mais Você

Mariana, 21 anos, tinha ido à escola receber a mensalidade atrasada de uma aluna. Segundo uma testemunha, Luiz Carlos, que prestava serviços à família da jovem, teria entrado na escola pouco antes dela ter sido encontrada morta. A mãe, que estranhou a demora da filha, foi quem encontrou o corpo com marcas de espancamento e um corte profundo na garganta.
Mais Você
Mais tarde, o pedreiro se entregou à polícia e confessou o crime. “Ele acabou com o sonho da minha família. Meus pais estão em estado de choque”, desabafou Fernanda Gonçalves. A irmã da vítima disse que Mariana nunca deu atenção fora do normal ao assassino. “Ele era uma pessoa que prestava serviços a todos ali”, disse.


Para a tia de Mariana, foi tudo premeditado. “Ele olhou pra ela porque ela era bonita e começou a premeditar para pegar a minha fadinha, o meu anjo”, disse Sueli. Ana Beatriz Barbosa também acredita que ele esperou oportunidade para agir. “Ele tem perfil de maníaco sexual. Não sei se você reparou, mas na casa dele tem roupas femininas. E sempre comentava, observava... Ele esperou uma oportunidade para agir, como com uma presa. Tem mecanismo predatório de animal”, analisou a psiquiatra.




CRIME PASSIONAL? 


Ana Beatriz Barbosa explica a diferença entre os crimes passionais clássicos dos crimes cometidos por psicopatas. “Passional não é matar por amor. Quem ama, não mata”, disse. “Passional envolve emoções e o psicopata é desprovido de emoções. Ele finge a emoção, ele sabe falar a emoção, mas ele não a sente. O que ele diz que é emoção, ele não demonstra em atos”, explica.

Mais Você


Aparentemente um cara inofensivo? Ou alguém que dava pistas da insanidade? Segundo Ana Beatriz, antes de ser uma doença, a psicopatia é uma maneira de ser e de raciocinar e, por isso, não tem cura. “É um transtorno de personalidade”, disse a expert. A psiquiatra explicou que psicopatas têm uma mente racional e que buscam sempre o prazer, a diversão, o poder e o status. “O prazer está com o poder de subjugar o outro”.




CASO ELOÁ 


Em outubro de 2008, o país inteiro acompanhou as cem horas em que Eloá Pimentel, de apenas 15 anos, foi mantida refém pelo ex-namorado. O fim foi trágico. Inconformado com o término do relacionamento, Lindemberg Alves matou a jovem. Nayara Silva, amiga de Eloá, também estava no local e presenciou os momentos que chocaram o país. Ana Beatriz garante que o assassino se trata de um psicopata perigoso. “Foi capaz de manipular a polícia por cem horas dando uma de Romeu apaixonado. Ele dá a palavra que a menina iria sair, e não cumpre”.


Para ela, Lindemberg foi tratado como se fosse um caso de Romeu e Julieta.


“Ele saiu de lá numa altivez, raiva, arrogância de quem não cumpriu sua meta de matar. Ele não teve reação de quem perdeu seu amor”, analisou.


COMO IDENTIFICAR PSICOPATAS E SE PROTEGER 


A maioria dos psicopatas entra na vida das pessoas querendo algo, como verdadeiros parasitas, vampiros. Para fazer isso, se utilizam da confiança. “No início, vão demonstrando gentilezas, atitudes bajuladoras, dizem tudo o que você quer ouvir. Mas o que estas pessoas estão tramando é uma teia de confiança falsa para depois atacarem. Sempre deixam um rastro de destruição”, disse Ana Beatriz.

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A psiquiatra alerta para alguns comportamentos. “Ninguém surge na nossa vida sem um passado. A dica é sempre observar e desconfiar de pessoas muito gentis, que mandam muitos presentes e rapidamente se tornam muito amigas. Pode ser qualquer pessoa, homens e mulheres. São pessoas que se colocam na sua vida quase como se você dependesse delas”, disse.


Para Ana Beatriz, é importante vasculhar o passado destas pessoas. “Você vai descobrir histórias. E não podemos procurar justificá-las porque eles nos pegam no que é mais sagrado, que é o sentimento de compaixão. Não podemos abrir a guarda achando que pobres coitados são pessoas boas”. E ressalta que verificar de quem se trata, antes de abrir a porta da sua casa, é um direito. “É preciso se proteger com conhecimento, sem vergonha ou constrangimento de perguntar”. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Psicopatas? Código Penal neles!!!


Psicopatas costumam ser cínicos, hipócritas, fingidos. Estão sempre representando o papel de generosos e bonzinhos, mas por baixo da casca apenas ruindade, mau-caratismo, maldade.


Psicopatas cometem de pequenos delitos a crimes gravíssimos, como assassinatos. E se não matam literalmente, destroem vidas afetivas, vidas financeiras. Arruinam pessoas pelo simples prazer de lesar.


Psicopatas são predadores sociais, servidores do Mal, escória, lixo humano.


Animais selvagens vivendo fora da jaula, próximos de todos nós.


Já disse aqui que sou contrária à violência. Quem deve sancionar estes vigaristas, golpistas, criminosos é a Polícia, o Poder Judiciário.


Psicopatas?


Código Penal neles!!!


A seguir mais um vídeo da novela "Caminho das Índias", onde a piranha-psicopata Yvone (Letícia Sabatella) leva uma surra da amiga Sílvia (Débora Bloch), a quem lesou e predou.


Link do vídeo

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Psicopatas: animais selvagens



Há quem passe por um bosque e veja apenas lenha para fogueira.


                                                                                                          Autor Desconhecido



Os psicopatas e as psicopatas são assim.


A mente sombria, a calculadora instalada do lado esquerdo do peito, o olhar maligno e interesseiro e o sangue gélido caracterizam estas verdadeiras feras em forma de gente.


Muitos debutam na criminalidade como "maçãs podres da fruteira", cometendo inicialmente pequenas vigarices. A ambição desmedida, a sede de poder, a ignorância de quem os cerca e a impunidade alimentam estes seres trevosos e vão dando a eles segurança para irem refinando seus crimes e atrocidades. E fazendo discípulos e cúmplices. Psicopatas de grau moderado são, por exemplo, os estelionatários, "171", e os mandantes de atentados e assassinatos. Psicopatas graves são os assassinos brutais, serial killers.


Psicopatas estão na política. Psicopatas estão na mídia. Psicopatas estão nas igrejas e templos. Em todas as religiões. Psicopatas podem ser profissionais de sucesso, empresários, médicos, professores, advogados, servidores públicos, donas de casa, marido, esposa, filho, irmão, amigo... 


Psicopata pode ser seu vizinho, morar na casa ao lado. Psicopata pode ser seu inquilino, compartilhando espaços com você. Psicopata pode ser um parente seu, viver dentro de sua casa, lesando e dando golpes. E pode levar anos até que você descubra que tem uma praga destas dentro da sua vida.


Suas vítimas? Todos os que têm bom coração e algo de que eles possam se apropriar para conseguir ampliar seu patrimônio, status e poder.


Por onde passam, psicopatas deixam um rastro de sofrimento e destruição. 


Em países de Primeiro Mundo, psicopatas delinquentes cumprem penas severas, ficando anos na cadeia, muitas vezes em isolamento. No Brasil, muitas vezes eles estão aí, como estes que me perseguem e esbulham, "soltinhos da silva", cometendo seus crimes, promovendo violências de todo tipo, inclusive ameaçando a blogueira e seus animais de estimação de morte e agressão física, uma vez que se comportam como animais selvagens que escaparam de sua jaula. 


O Mal existe. E tem que ser reprimido duramente.

Veja o que diz a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva em entrevista à revista Época e aprenda a se defender destes seres malignos.




Ana Beatriz Barbosa Silva: Psicopatas não sentem compaixão
MARTHA MENDONÇA
O mal existe e não tem cura. É o que afirma a psiquiatra carioca Ana Beatriz Barbosa Silva, que acaba de lançar Mentes Perigosas: o Psicopata Mora ao Lado. No livro, ela afirma que psicopatas nascem com um funcionamento cerebral que não permite conexão com os outros seres humanos – e por isso agem sem limites. Ana Beatriz diz ainda que é um equívoco relacionar psicopatas apenas com pessoas capazes de atos violentos ou assassinatos em série. “Eles são 4% da população e podem ser qualquer pessoa: um colega de trabalho, o marido ou um filho”.

ENTREVISTA - ANA BEATRIZ BARBOSA SILVA


André ValentimQUEM É Carioca, 44 anos, psiquiatra pós-graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro


O QUE FAZ
É diretora das clínicas Medicina do Comportamento, no Rio e em São Paulo, onde atende pacientes e supervisiona tratamentos


O QUE PUBLICOU
Mentes Inquietas, Mentes & Manias, Mentes Insaciáveis: Anorexia, Bulimia e Compulsão Alimentar e Mentes com Medo: da Compreensão à Superação


ÉPOCA – O que é um psicopata? 
Ana Beatriz Barbosa Silva – Antes dessa definição, é preciso saber o seguinte: a maldade existe. Nós, latinos, afetivos, passionais, temos dificuldade de admitir que existem pessoas más. Psico quer dizer mente; pathos, doença. Mas o psicopata não é um doente mental da forma como nós o entendemos. O doente mental é o psicótico, que sofre com delírios, alucinações e não tem ciência do que faz. Vive uma realidade paralela. Se matar, terá atenuantes. O psicopata sabe exatamente o que está fazendo. Ele tem um transtorno de personalidade. É um estado de ser no qual existe um excesso de razão e ausência de emoção. Ele sabe o que faz, com quem e por quê. Mas não tem empatia, a capacidade de se pôr no lugar do outro.


ÉPOCA – Qual é a natureza da psicopatia? Os psicopatas nascem assim? 
Ana Beatriz – Os psicopatas nascem com um cérebro diferente. Os seres humanos têm o chamado sistema límbico, a estrutura cerebral responsável por nossas emoções. É uma espécie de central emocional, o coração da mente. Em 2000, dois brasileiros, o neurologista Ricardo Oliveira e o neurorradiologista Jorge Moll, descobriram a prova definitiva dessa diferença da mente psicopata, por meio da chamada ressonância magnética funcional, que mostra como o cérebro funciona de acordo com diferentes atividades. Nesse exame, mostraram imagens boas (belezas naturais, cenas de alegria) e outras chocantes (morte, sangue, violência, crianças maltratadas). Nas pessoas normais, o sistema límbico reagia de forma diversa. Nos psicopatas, não há diferença. O sistema límbico dessas pessoas não funciona. O pôr do sol ou uma criança sendo espancada geram as mesmas reações. Da mesma forma, não há repercussão no corpo. Eles não têm taquicardia, não suam de nervoso. Por isso passam tranquilamente num detector de mentiras.


ÉPOCA – Há muitos psicopatas no mundo? 
Ana Beatriz – Mais do que se imagina. Cerca de quatro em cada cem pessoas, segundo as estatísticas americanas. Mais homens do que mulheres. Todos têm em comum a ausência do sentimento em relação às outras pessoas. Não conseguem se colocar no lugar do outro, daí agirem de forma fria e sem arrependimentos. O que caracteriza o psicopata não é o nível do crime, mas a forma como ele o comete, a predisposição para planejar e executar sem nenhum sentimento em relação à vítima.


ÉPOCA – Como saber se estamos convivendo com um psicopata? 
Ana Beatriz – Não é tão fácil detectá-los, especialmente quando temos alguma ligação afetiva com eles. Maridos que espancam suas esposas, por exemplo: as estatísticas mostram que 25% são psicopatas, e grande parte delas não aceita a verdade. Mas há algumas características básicas entre eles: falam muito de si mesmos, mentem e não se constrangem quando descobertos, têm postura arrogante e intimidadora por um lado, mas são charmosos e sedutores por outro. Costumam contar histórias tristes, em que são heróis e generosos. Manipulam as pessoas por meio de elogios desmedidos. Se tiver de começar a desconfiar de alguém, desconfie dos bajuladores excessivos. Chefes também podem ser psicopatas – o que costuma se manifestar pelo assédio moral aos funcionários. Um dado interessante é que eles não sentem compaixão, pena, remorso. Mas sabem, cognitivamente, o que é ter esses sentimentos. Daí representarem tão bem – e às vezes exageradamente – a vítima.


ÉPOCA – E a verdadeira vítima quem é? 
Ana Beatriz – Quase sempre pessoas generosas, em especial aquelas que não acreditam no mal e costumam tentar justificar as atitudes de todo mundo.


ÉPOCA – Um assassino pode não ser psicopata e um psicopata pode jamais matar? 
Ana Beatriz – Sim, isso é muito importante. É um equívoco pensar que apenas assassinos seriais são psicopatas, e um dos objetivos de meu livro é justamente este: mostrar que a psicopatia não está ligada apenas ao homicídio. Existem assassinos passionais que jamais matariam novamente. Um exemplo é a mulher que matou o estuprador do filho dela de 4 anos. Ela nada tem de psicopata. Ao contrário, apesar da violência, o crime dela pode ser compreensível para muitas mães. Ao passo que um psicopata pode nunca ter a necessidade de assassinar, resolvendo suas questões matando vidas afetivas e financeiras, prejudicando pessoas de forma irreversível, mas sem matá-las. Na população carcerária, segundo pesquisas feitas no Canadá e nos Estados Unidos, há de 20% a 25% de psicopatas.


ÉPOCA – Seu livro comenta o assassinato da atriz Daniella Perez. É um caso clássico de psicopatia? 
Ana Beatriz – O caso tem características que levam a esse diagnóstico. Guilherme de Pádua premeditou a morte da vítima, a atraiu para o crime e horas depois foi prestar solidariedade à mãe da moça.


ÉPOCA – Como você classificaria Lindemberg Fernandes Alves, que sequestrou e assassinou a ex-namorada Eloá? Ele seria um psicopata? 
Ana Beatriz – O ato é de uma personalidade psicopática. Ele usou a razão para dominar os reféns e controlar tudo em volta. Atirou na multidão e disse que era o “príncipe do gueto”, “o cara”. Deu entrevistas por telefone, conseguiu que uma das reféns voltasse ao cativeiro. No fim, com a invasão da polícia, não hesitou em atirar nas duas. Ele começou a namorar a Eloá quando ela tinha 12 anos. Certamente a tratava como propriedade, não admitindo perder esse controle.

Revista ÉPOCA





segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Aos amigos, tudo ! Aos psicopatas, a lei !



Eles são uma espécie de "escória" da humanidade. Corroem tudo, corrompem tudo, tudo emporcalham com seu caráter imundo.


Mentem, enganam, fazem intrigas. Jogam uns contra outros. Usam pessoas como "coisas". Tramam, espoliam, roubam. Muitas vezes matam, assassinam. Ou mandam matar e assassinar!


O resultado de suas ações predatórias dependerá do grau da psicopatia: leve, moderada ou grave. Mas não importa o grau. Psicopatas sempre semeiam dor e destruição na vida de suas vítimas. E riem, se divertem com isso. Filhos das Trevas que são.


Psicopatas leves podem debutar no crime como reles vigaristas e golpistas. É o nível da "malandragem".


Minha família teve a desgraça de conviver por décadas com uma psicopata, que começou assim, aplicando o velho "golpe da barriga", e nos anos seguintes foi galgando postos e "subindo" na hierarquia do crime. Após o golpe da barriga, em poucos meses já exibia casa mobiliada e bancada mensalmente pelo sogro, carro para flanar por aí e outras vantagens. O golpe deu certo, a figura se sentiu premiada, estimulada, e continuou, claro, pelas décadas seguintes. Depois que todos faleceram, pensam que a vigarista-golpista "pendurou as chuteiras"? Imagine! A inveja doentia a direcionou para a única remanescente. 


A psicopatia média, moderada, segundo a psiquiatra Ana Beatriz (veja os posts anteriores), muitas vezes se manifesta, por exemplo, na corrupção. Corruptores e corrompidos. Tais psicopatas não matam, mas "mandam matar". Não sujam as mãos, mas arrumam comparsas - gente mau caráter, que não teve berço, querendo subir na vida a qualquer preço - para fazer o serviço sujo a mando dos psicopatas.


Parasitas, tudo o que os psicopatas exibem em geral é produto de esperteza, leviandade, fraude, crime. 


Quando em bando, corja de malfeitores. QUADRILHA. Sim, porque eles adoram se reproduzir, dar filhotes, fazer cúmplices, corrompendo, comprando gente sem eira nem beira como eles.


Pacifista e adepta da não-violência, digo aqui com todas as letras: toda a ação de uma pessoa de bem deve ser dentro da lei. Nada de baixarias e delitos. Nem violência física, moral, psicológica...


Não podemos nos igualar a estes seres nefastos. É isso mesmo o que eles querem: nos puxar pra baixo, pro esgoto imundo onde chafurdam.

Polícia, Judiciário, Ministério Público, que façam sua parte! Vamos desinfetar o planeta desses vírus em forma de gente. Como disse a psiquiatra Ana Beatriz num vídeo em post anterior, PSICOPATAS são ANIMAIS SELVAGENS. O lugar destas feras predadoras é a jaula.


Mas que dá vontade de fazer Justiça com as próprias mãos... 


Vejam abaixo cenas da "reparação" das falcatruas cometidas por uma das mais asquerosas psicopatas da ficção televisiva brasileira, a piranha Yvone, da novela "Caminho das Índias". Uma surra homérica, um show de interpretação de Cristiane Torloni (Melissa) e Letícia Sabatella (Yvone).


(Para quem não lembra ou não assistiu à novela, a piranha Yvone ganhou as joias do marido de Melissa, com quem tinha um caso.)



Link do vídeo








sábado, 20 de agosto de 2011

Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado



Eu queria deixar claro pros leitores que não sou psiquiatra, nem psicóloga, nem tenho qualquer formação nesta área do conhecimento. Não estou aqui pra fazer diagnósticos ou afirmações levianas. Neste blog, sou muito mais editora que autora. Procurarei postar artigos, entrevistas e outros documentos produzidos por especialistas sérios e reconhecidos, psiquiatras, neurocientistas e outros.


Estou aqui como editora e como vítima de uma psicopata. Há 14 anos. E como membro de uma família vítima da mesmíssima psicopata durante 35 anos. Na medida do possível, vou contando aqui um pouco da minha história de vida e entreveros com estes seres malignos.


Também não estou aqui para vender livros de quem quer que seja. Ou outra mercadoria qualquer. Admiro o trabalho da médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, que me parece bastante sério e importante, no sentido de informar o público em geral sobre o perfil dos psicopatas e de como costumam atuar, para que a sociedade possa aprender a se defender destas excrescências.


A doutora Ana Beatriz é autora, entre outros, do conhecido livro Mentes perigosas - o psicopata mora ao lado, cuja introdução oferece um bom resumo de quem são estes seres nefastos.





MENTES PERIGOSAS: 
O psicopata mora ao lado
Ana Beatriz Barbosa Silva







INTRODUÇÃO


O escorpião aproximou-se do sapo que estava à beira do rio. Como não sabia nadar, pediu uma carona para chegar à outra margem.

Desconfiado, o sapo respondeu: “Ora, escorpião, só se eu fosse tolo demais! Você é traiçoeiro, vai me picar,  soltar o seu veneno e eu vou morrer.”

Mesmo assim o escorpião insistiu, com o argumento lógico de que se picasse o sapo ambos morreriam. Com promessas de que poderia ficar tranquilo, o sapo cedeu, acomodou o escorpião em suas costas e começou a nadar.

Ao fim da travessia, o escorpião cravou o seu ferrão mortal no sapo e saltou ileso em terra firme.

Atingido pelo veneno e já começando a afundar, o sapo desesperado quis saber o porquê de tamanha crueldade. E o escorpião respondeu friamente:

— Porque essa é a minha natureza!

Vez por outra, essa fábula surge em minha mente, seja no cotidiano profissional ou através do acompanhamento das notícias diárias, pelos jornais e TV. Trata-se de uma história arquetípica, que ilustra exemplarmente a natureza das pessoas que serão analisadas e descritas  ao longo deste livro.

A ideia de escrever sobre psicopatas surgiu em razão do momento violento, desumano e marcado por escândalos que nos abatem, mas também serve como um alerta aos desprevenidos quanto à ação destruidora desses indivíduos. Devo admitir minha ousadia, mas não pude resistir às inúmeras solicitações dos meus leitores, pacientes, conhecidos e amigos.

Quando pensamos em psicopatia, logo nos vem à mente um sujeito com cara de mau, truculento, de aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem pestanejar. Isso é um grande equívoco!

Para os desavisados, reconhecê-los não é uma tarefa tão fácil quanto se imagina. Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem! Seus talentos teatrais e seu poder de convencimento são tão impressionantes que chegam a usar as pessoas com a única intenção de atingir seus sórdidos objetivos. Tudo isso sem qualquer aviso prévio, em grande estilo, doa a quem doer.

Mas quem são essas criaturas tão nocivas? São pessoas loucas ou perturbadas? O que fazem, o que sentem? Como e onde vivem? Todos são assassinos?

Este livro discorre sobre pessoas frias, insensíveis, manipuladoras, perversas, transgressoras de regras sociais, impiedosas, imorais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão, culpa ou remorso. Esses “predadores sociais” com aparência humana estão por aí, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, se casam, têm filhos, mas definitivamente não são como a maioria das pessoas: aquelas a quem chamaríamos de “pessoas do bem”.

Em casos extremos, os psicopatas matam a sangue-frio, com requintes de crueldade, sem medo e sem arrependimento. Porém, o que a sociedade desconhece é que os psicopatas, em sua grande maioria, não são assassinos e vivem como se fossem pessoas comuns.

Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas, destruir sonhos, mas não matam. E, exatamente por isso, permanecem por muito tempo ou até uma vida inteira sem serem descobertos ou diagnosticados. Por serem charmosos, eloquentes, “inteligentes”, envolventes e sedutores, não costumam levantar a menor suspeita de quem realmente são. Podemos encontrá-los disfarçados de religiosos, bons políticos, bons amantes, bons amigos. Visam apenas o benefício próprio, almejam o poder e o status, engordam ilicitamente suas contas bancárias, são mentirosos contumazes, parasitas, chefes tiranos, pedófilos, líderes natos da maldade.

A realidade é contundente e cruel, entretanto, o mais impactante é que a maioria esmagadora está do lado de fora das grades, convivendo diariamente com todos nós. Transitam tranquilamente pelas ruas, cruzam nossos caminhos, frequentam as mesmas festas, dividem o mesmo teto, dormem na mesma cama...

Apesar de mais de vinte anos de profissão, ainda fico muito surpresa e sensibilizada com a quantidade de pacientes que me procuram com suas vidas arruinadas, totalmente em frangalhos, alvejadas por esses “seres bípedes” que sugam o nosso sangue e vampirizam a nossa alma.

É importante ressaltar que os psicopatas possuem níveis variados de gravidade: leve, moderado e grave. Os primeiros se dedicam a trapacear, aplicar golpes e pequenos roubos, mas provavelmente não “sujarão as mãos de sangue” ou matarão suas vítimas. Já os últimos, botam verdadeiramente a “mão na massa”, com métodos cruéis sofisticados, e sentem um enorme prazer com seus atos brutais. Mas não se iluda! Qualquer que seja o grau de gravidade, todos, invariavelmente, deixam marcas de destruição por onde passam, sem piedade.

Além de psicopatas, eles também recebem as denominações de sociopatas, personalidades antissociais, personalidades psicopáticas, personalidades dissociais, personalidades amorais, entre outras. Embora alguns estudiosos prefiram diferenciá-los, no meu entendimento esses termos se equivalem e descrevem o mesmo perfil. No entanto, por uma questão de foro íntimo e visando facilitar a compreensão, o termo psicopata será o utilizado neste livro.

A parte racional ou cognitiva dos psicopatas é perfeita e íntegra, por isso sabem perfeitamente o que estão fazendo. Quanto aos sentimentos, porém, são absolutamente deficitários, pobres, ausentes de afeto e de profundidade emocional. Assim, concordo plenamente quando alguns autores dizem, de forma metafórica, que os psicopatas entendem a letra de uma canção, mas são incapazes de compreender a melodia.

Com base nessa premissa, optei por não inserir trechos de letras de canções brasileiras na abertura dos capítulos, recurso narrativo que costumo adotar em minhas obras. Música é emoção, sentida com a alma. Entendo que repetir a mesma fórmula ao descrever o comportamento de criaturas desprovidas de afetividade seria, no mínimo, um contrassenso.

Aqui não me proponho, sob qualquer hipótese, a oferecer ajuda terapêutica aos indivíduos com esse perfil. Ao contrário, o meu objetivo é informar o público em geral, para que fique de olhos e ouvidos bem abertos, despertos e prevenidos. Suas vítimas prediletas são as pessoas mais sensíveis, mais puras de alma e de coração...

Também tenho como propósito expor parâmetros para que possamos avaliar em que escala cada um de nós está contribuindo para promover uma cultura social na qual a psicopatia encontra um terreno fértil para prosperar.

Esta obra contém histórias reais que me foram relatadas por vítimas de psicopatas, direta ou indiretamente, e casos tratados com destaque na imprensa. Não estou afirmando que os exemplos aqui citados representam autênticos psicopatas, e sim que ilustram de forma bastante didática comportamentos que um psicopata típico teria. Além disso, todos os casos apresentados se prestam muito bem à exemplificação dos mais diversos níveis de psicopatia, desde os mais leves até os moderados e severos.

Dessa forma, tentei esquadrinhar e tornar o tema o mais abrangente possível, a fim de responder a uma série de perguntas que, na maioria das vezes, nos deixa absolutamente confusos. Assim espero contribuir para que as pessoas se previnam das ameaças que nos rondam de forma silenciosa. Estou convencida de que falhas em nossas organizações familiares, educacionais e sociais são dados importantes e merecem estudos aprofundados e toda a nossa atenção, mas por si só não são suficientes para explicar o fenômeno da psicopatia.

A natureza dos psicopatas é devastadora, assustadora, e, aos poucos, a ciência começa a se aprofundar e a compreender aquilo que contradiz a própria natureza humana.

O conteúdo aqui exposto é denso e intrigante. As páginas percorrem as mentes sombrias de criaturas cujas vidas parecem não ter se desenvolvido totalmente. Saber identificá-las pode ser um antídoto (talvez o único) contra seu veneno paralisante e mortal. Infelizmente a desinformação nos torna vulneráveis, indefesos como “sapos tolos”, fisgados pelas habilidades camaleônicas dos “escorpiões”.

Prepare-se, porque certamente você conhece, já ouviu falar ou convive com um deles.